Metodologia
paragrafo 1 - Foi feita uma consulta bibliografica utilizando a ferramenta Web-of-knowledge com as palavras-chave 'wetlands' AND 'fire'. Os resultados foram filtrados para incluir estudos realizados entre 1997 e 2017 e na região tropical. tambem filtramos segundo as categorias do web-of-knownledge (Tabela 1: ECOLOGY OR ENVIRONMENTAL SCIENCES OR BIOLOGY OR FORESTRY OR MATERIALS SCIENCE MULTIDISCIPLINARY OR GEOGRAPHY PHYSICAL OR AGRONOMY OR PLANT SCIENCES OR BIODIVERSITY CONSERVATION OR REMOTE SENSING OR IMAGING SCIENCE PHOTOGRAPHIC TECHNOLOGY OR EVOLUTIONARY BIOLOGY OR MULTIDISCIPLINARY SCIENCES OR LIMNOLOGY OR ENVIRONMENTAL STUDIES OR AGRICULTURE MULTIDISCIPLINARY). Classificamos os estudos resultantes de acordo com os aspectos abordados (regime do fogo (como foi?) >>> efeito do fogo na área úmida (o que causou)...
palavras chave: onde buscamos?
Resultados e discussão
Resultados gerais do levantamento - estado da arte da pesquisa no tema (2 paragrafos - grafico
Regime do fogo em áreas úmidas tropicais
O padrão hidrológico (pulsos de inundação e sazonalidade de precipitação) que rege a dinâmica dessas áreas úmidas induz uma alteração nos parâmetros do fogo, por exemplo, na freqüência e intensidade desses eventos. Quando comparado ao fogo ocorrente em áreas secas, nota-se a escassez de estudos que descrevem o padrão desses paramentos para áreas úmidas (Heinl, 2007; Schmidt,2017). Através do levantamento bibliográfico e analise do material, tal revisão aborda os parâmetros: intensidade, freqüência, época e extensão da queima.
Nessas áreas úmidas, sejam elas formações campestres ou florestais, a produção e acumulo da turfa é responsável por alimentar o regime de fogo. Os eventos de fogo são caracterizados por serem fogos de chão, com baixa intensidade e extensão quando comparados aos ocorrentes em áreas secas, sendo bem marcados pela sazonalidade do sistema, e, além disso, são propensos as queimas com maior freqüência (Flores,2017, Heinl, 2007; Schmidt,2017; Koetz, 2013).
A intensidade do fogo em áreas úmidas é resposta aos pulsos de inundações, os quais influenciam na alta produtividade de biomassa, que após períodos de seca tornam-se material combustível disponível. Nessas áreas, as queimas são menos intensas, quando comparadas a áreas secas (Schmidt, 2017), pois os períodos de inundações e a sazonalidade são responsáveis por aumentar a umidade do estrato herbáceo (Baeza et al 2012). Os eventos de fogo que ocorrem com maior intensidade são no fim da época seca, quando o acumulo de material combustível está maior e em boas condições para queima (Schimidt et al, 2017).
Quando a freqüência das queimas é analisada percebe-se que as áreas úmidas queimam seis vezes mais do que áreas secas (Heinl, 2007). Tal padrão é observado pois com a sazonalidade bem marcada, a vegetação é capaz de perder alto teor de água possibilitando a queima. Sendo assim, a época em que mais ocorrem esses eventos é na seca (Heinl, 2007; Schmidt, 2017). Por fim, devido todas as condições do sistema e ambientais apresentadas, as queimas em áreas úmidas não são capazes de atingir grandes extensões como mencionado por Heinl (2007), onde a maior queima registrada cobriu cerca de 24% da área.