Introdução

A interação entre condiçoes climaticas, hidrologicas e edáficas proporciona a formação de ecossistemas transicionais entre ambientes aquaticos e terrestres que sao classificados como áreas úmidas \cite{Tatu_2017,Junk_2012,Gumbricht2017}. A combinação de fatores hidrologicos e edáficos garante a existênciade de áreas úmidas nos diferentes regimes climáticos do planeta. Assim, as áreas úmidas podem se desenvolver tanto em ecossistemas florestais como em ecossistemas com vegetação mais aberta como savanas e até campos enas  zonas temp . Uma das caracteristicas marcantes das áreas úmidas é a presença de vegetais hidrobios, adaptados a fase aquatica do ecossistema, que compõem a vegetação juntamente com elementos da flora das áreas adjascentes. A presença de uma flora adaptada as condições ambientais oscilantes entre periodos de seca e periodos de encharcamento confere um carater de alta produtividade primaria aos ecossistemas das áreas úmidas \cite{Junk1993}. As condições ambientais durante a fase aquatica alteram as taxas dos processos de produção e decomposição favorecendo o acumulo de material organico sobre o solo e em algumas áreas úmidas o balanço entre produtividade e decomposição favorece  a formação de turfeiras \cite{L_hteenoja_2013,Posa_2011}.
As áreas úmidas estão sujeitas a um regime de distúrbio primário que é representado pelo carater de encharcamento períodico do solo. A água em excesso afeta a composição floristica e os processos ecológicos nas áreas úmidas em comparação com os ecossistemas adjascentes. Além do encharcamento do solo, algumas áreas úmidas experienciam períodos de seca que estão acoplados com a sazonalidade climática onde se localiza a área úmida. O acumulo de material orgânico nas áreas umidas somado a períodos de seca propriciam a propagação do fogo sobre estes ecossistemas. Algumas áreas úmidas são localizadas em meio a uma matriz de ecossistemas propensos ao fogo, como por exemplo as savanas hipersazonais no Brasil central . Por outro lado, muitas áreas úmidas não estão inseridas em ecossistemas propensos ao fogo, como por exemplo as áreas úmidas nas florestas tropicais. Porém, mesmo as áreas úmidas imersas em matrizes de florestas tropicais experienciam um regime de fogo que ocorre com maior frequencia do que nas florestas adjascentes e remonta periodos mesmoprévios a existência de humanos como fonte de ignição.  
A áreas úmidas contribuem proporção dos ecossistemas terrestres pórem papel desproporcional para a manutenção da disponibilidade de água doce e paraágua odoce acumuloe depara carbonoo poracumulo unidadede decarbono área.por Ounidade papelde funcionalárea. dasO áreaspapel úmidasfuncional vaidas alémáreas daúmidas importânciavai paraalém ada ciclagemimportância dapara águaa doceciclagem eda acumuloágua dodoce carbono.e Asacumulo áreasdo úmidascarbono. provemAs recursosáreas pesqueiros,úmidas suportamprovem arecursos agriculturapesqueiros, esuportam sãoa amplamenteagricultura utilizadase parasão finsamplamente recreativosutilizadas epara defins turismo.recreativos Maise dade metadeturismo. dasMais áreasda úmidasmetade globaisdas jááreas sofreramúmidas alteraçõesglobais drasticas,já comosofreram aalterações drenagemdrasticas, dacomo áreaa paradrenagem conversãoda emárea solospara urbanosconversão ou em solos urbanos ou a
O ambiente nunca é constante. As áreas úmidas do planeta estão sujeitas a diversos regimes de perturbação, e abrigam comunidades bióticas altamente adaptadas (Junk 1993). Assim, espera-se que estas áreas sejam sensíveis a alterações nestes regimes de perturbações, sejam estas alterações de origens naturais ou antropogênicas. A sensibilidade destas áreas pode ser inverstigada sob a luz da teoria dos Estados Estáveis Alternativos [EEA] (Sheffer 2001, 2009; Holling 1973), a fim de elucidar os possíveis estados futuros destes ecossistemas. A teoria dos EEA afirma que os ecossistemas podem existir em diversos estados, cada estado sendo um conjunto de condições ambientais distintas. O cerne desta teoria reside no fato de que os estados alternativos são transientes, ou seja, apesar de aparentarem estabilidade em escalas temporais ecológicas e até mesmo geológicas, estes estados podem ser alternados, em função de perturbações inflingidas aos ecossistemas. Para uma compreensão mais clara da teoria dos EEA é necessário esclarecer que devido a complexidade de mecanismos de retroalimentação contidas nos ecossistemas, estes apresentam uma resistência a perturbações. Sendo assim, apenas perturbações que superem certos limiares ecológicos são capazes levar o ecossistema  a um estado alternativo. A essa propriedade dos ecossistemas é dado o nome de Resiliência. Finalmente, multiplos estados podem ser observados sob o mesmo conjunto condições ambientais. Isto acontece pois na maioria das vezes os limiares ecológicos, são assimétricos em relação a mudança de estado, i.e. uma perturbação recíproca a perturbação que leva o sistema do estado A para o estado B não é suficiente para levar o sistema novamente ao estado A. Este fenômeno é conhecido como histerese. Adicionalmente os ecossistemas podem apresentar estados instáveis, ou seja, estados onde o sistema exibe baixa resiliência, sofrendo mudanças a partir de pequenas perturbações (Lewontin 1969).
Uma consequência importante da teoria dos EEA é que mudanças graduais nas condições ambientais,  bem como perturbações estocásticas podem diminuir de maneira significativa a resiliência dos ecossistemas facilitando possíveis mudanças de estado (May 1977; Sheffer 2009; Nolting and Abbot (2016). Há um grande conjunto de evidências sobre o aumento da probabilidade de mudanças de estado, devido a diminuição da resiliência de ecossistemas em que há a diminuição da biodiversidade, poluição, e alterações na magnitude, frequência e duração em regimes de perturbação, e.g. regimes de fogo e inundação (Folke et al. 2004) .
4 paragrafo:  Estados alternativos e wetlands
Neste estudo vamos revisar como é o regime de fogo nas áreas úmidas tropicais para compreender como o fogo pode afetar a resiliência das áreas úmidas e eventualmente conduzir o sistema a estados alternativos.