Os ambientes montanhosos apresentam características geradoras de processos que influenciam, direta e indiretamente, o funcionamento e estrutura dos ecossistemas. Dentre estas características estão as grandes altitudes e a inclinação e posição das vertentes, que dão origem a processos como efeitos orográficos de precipitação, canalização de ventos, balanço diferencial de radiação e inversões térmicas devido ao acúmulo de ar frio em depressões topográficas (CHAPIN et. al, 2002; PEPIN et. al, 2008). Estes processos imprimem na paisagem uma grande variedade de habitats, possibilitando a presença de uma estrutura ecossistêmica complexa e, assim, a coexistência de variados tipos de vegetação adaptadas às diferentes condições ambientais (HORTAL et al., 2009).
Considerando-se a importância ecológica e a complexidade dos processos bioclimáticos presentes nos ambientes montanhosos, estas regiões estão particularmente ameaçadas, uma vez que há uma tendência de migração vertical de espécies em busca de climas mais amenos em cenários de aquecimento global, podendo gerar competição entre espécies nativas e invasoras, e consequente extinção de algumas espécies adaptadas aos topos (IRL et al., 2015). Além do mais, estes ambientes são verdadeiros laboratórios naturais para os estudos de mudanças climáticas devido a coexistência dos mais variados regimes climáticos, proporcionados pela marcante presença dos grandientes altitudinais (FERNANDES, 2016).
The spatial and temporal partitioning of water has been shown to have ecological and evolutionary implications for plant water use strategies (e.g.,physiology and morphology; Cohen 1970, Walter 1979, Schwinning and Ehleringer 2001). Thus, changes in the seasonality or variability of precipitation — both predictions of most GCMs (Houghton et al.2001) — are likely to affect the distribution of soil moisture in space and time, with ramifications for the performance of species and their interactions with other organisms \citep{WELTZIN_2003}.