Idealmente, se o seu personagem perseguisse alguém por duas quadras, você também precisaria fazê-lo.
No guia “Oculus Best Practices Guide”, por exemplo, fala-se de simplificar a jogabilidade. Isso porque, caso você esteja no cockpit de um avião ou dentro de um carro, a divergência entre os movimentos e as imagens exibidas certamente se torna bem menor; dirigir um carro seria, a grosso modo, uma experiência bastante semelhante.
Não obstante, essa simplificação é rebatida de pronto com uma questão: isso não diminuiria a diversão de se jogar em ambiente virtual? Dessa forma, fala-se também em esteiras onidirecionais (de forma seria possível andar para qualquer lado sem realmente sair do lugar) ou ainda na possibilidade de enganar o cérebro — tal e qual um sujeito perdido no deserto pode facilmente andar em círculos enquanto acredita caminhar em linha reta.

Uma alavanca para as neurociências

No fim das contas, entretanto, todas as exigências impostas pelo cérebro aos dispositivos de VR têm conduzido a um verdadeiro salto nas neurociências. Quer dizer, mesmo que o Oculus Rift em sua versão final ainda seja um sonho distante (quase duvidoso), mesmo que todo o hype criado em torno da realidade virtual possa dar com os burros n’água ao esperar por tecnologias miraculosas em poucos anos.Mesmo assim, muito tem sido aprendido.
Conforme colocou a referida publicação, ao bater de frente com a dificuldade que pode ser “enganar” o cérebro humano com toda uma nova realidade, a ciência encontrou uma oportunidade única para conhecer o funcionamento incrivelmente complexo do cérebro humano. Se desse processo lento e valiosos ainda surgirem bons jogos... Bem, aí todos lucraremos ainda mais. 
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