Em outros termos, embora ampliar a sua visão lateral em uma realidade virtual possa tornar a experiência mais imersiva, isso também acabará por intensificar náuseas e dores de cabeça oriundas de outras limitações da tecnologia — sobretudo no que diz respeito ao descompasso entre movimentos e imagem exibidas, conforme descrito acima.
Adicionalmente, acredita-se que a visão periférica seja processada por uma parte diferente do cérebro, fortemente associado à orientação espacial (de modo que não é possível fazer “vista grossa”, digamos). Isso deixa as propostas de VR ainda com um problema adicional: o tratamento da visão periférica precisa ser absolutamente dedicado, a fim de não causar distrações gratuitas.
Navegação virtual também é um problema
Por fim, há pelo menos mais um ponto que deve constar na agenda de qualquer companhia disposta a entrar de cabeça na realidade virtual. Trata-se da estranheza causada pela discrepância entre as imagens que são exibidas e os movimentos que o nosso corpo percebe.
A forma ideal de solucionar a questão? Bem, seria algo como realmente andar por vários quilômetros caso o seu avatar virtual precisasse fazê-lo — algo obviamente inviável para uma geração que já teve dificuldades para abrir espaço para o Kinect na sala de estar. Mas há algumas ideias para atenuar esse efeito, é verdade.