2. Análise do mercado da construção
Mediante um contexto complexo e de crise econômica dos anos anteriores, a industria da AEC a partir de agora, inicia um novo arranque, com um futuro promissor, desde que sejam superados os desafios políticos, económicos, ambientais e sociais da actualidade. Segundo o relatório Global Construction 2030 \citep*{economics2015}, o mercado global da construção possui perspectivas de crescimento na ordem de US $ 8 trilhões de 2015 até 2030 atingindo um total de US $ 15,5 trilhões, o que representa um aumento de 85% e uma taxa de crescimento médio anual de 3,9%. O crescimento deverá ser impulsionado pelos países desenvolvidos, ao se recuperarem da instabilidade económica e pelos países emergentes em continuo ritmo de industrialização. A estimativa é que até 2030, a construção irá representar 14,7% do PIB global, ante 12,4% em 2014.
Na Europa, de acordo com Elżbieta Bieńkowska, EU Commissioner for Internal Market, Industry, Entrepreneurship and SMEs, em prólogo do Handbook for Introduction of Building the Information Modelling by the European Public Sector \citep*{eubimtaskgroup2017}, os desafios impostos às oportunidades de crescimento do sector de Engenharia e Construção estão associados às mudanças climáticas, a eficiência dos recursos, a maior demanda de assistência social, a urbanização e a imigração, o envelhecimento da infraestrutura, bem como os orçamentos restritos. Desta forma, para atender a esta demanda, é crucial que este sector seja inovador, competitivo, eficiente e focado na sustentabilidade, o que corrobora para a adopção de novas tecnologias que promovam um ambiente colaborativo, maior produtividade, redução de desperdícios e permitam a avaliação sustentável de todo ciclo de vida, como é o caso da metodologia BIM.
Em Portugal, os indicadores económicos da industria da AEC comprovam as perspectivas de crescimento futuro, com um novo arranque a partir de 2017. Desde Janeiro de 2017, o Índice de Produção na Construção, em Portugal, permanece positivo, sendo que apresentou a menor taxa em maio, aproximadamente 1%, e desde então vem aumentando gradualmente, atingindo 3% em Janeiro de 2018 \citep*{ine2018}, o montante de contratos de empreitadas de obras públicas celebrados no primeiro semestre de 2017 atingiu os 829,5 M€, um aumento de 86%, contrariando a tendência de redução do investimento que se tinha verificado nos últimos anos \citep*{aecops2017}, e em quadro de indicadores do sector da construção civil e obras públicas apresentado no Relatório de Conjuntura da Construção de Fevereiro de 2018 \citep*{fepicop2018}, foi apresentada uma contabilização de produção global anual do sector de construção de 10.741,8 M€, com um crescimento anual de 5,9% até o final de 2017 e com previsão de crescimento de 4,5% no ano de 2018. Contudo, neste momento oportuno é imprescindível realizar os investimentos necessários na eficiência de todo o ciclo de produção da industria da AEC, para garantir a competitividade nos âmbitos nacional e internacional e a sustentabilidade empresarial dos diversos intervenientes portugueses envolvidos em concordância com o que vem sendo preconizado para todo o mercado comum europeu.
3. Análise do mercado da construção
Mediante um contexto complexo e de crise econômica dos anos anteriores, a industria da AEC a partir de agora, inicia um novo arranque, com um futuro promissor, desde que sejam superados os desafios políticos, económicos, ambientais e sociais da