As novas metodologias de ensino-aprendizagem no ensino superior
Diante da crescente demanda por profissionais mais versáteis e humanizados, é visível a necessidade de mudanças nos modelos de ensino-aprendizado utilizados na formação desses profissionais (CYRINO; TORALLES-PEREIRA, 2004). Sabendo que a universidade é um espaço não só de aprendizado, mas também de convivência, é crescente a discussão sobre um ensino mais eficiente e que faça sentido para o aluno (VERÍSSIMO; SANTOS, 2016). A visão do professor como provedor e o aluno como receptor do conhecimento está em desuso e novas metodologias pedagógicas têm tido como foco o discente (MACEDO et al., 2018).
No contexto contemporâneo, tem crescido a importância de se determinar a didática abordada em sala de aula demonstrando o real papel do docente e como novas metodologias de ensino-aprendizagem podem auxiliar no processo de formação de alunos universitários (BORGES; ALENCAR, 2014). É imperativo que o educando se torne o protagonista da sua formação, sendo o docente um facilitador, gerando situações críticas e estimuladoras (CUNHA, 2012).
Veríssimo e Santos (2016) acreditam que a formação profissional não deve estar pautada apenas em ensino e produção, mas também com outros elementos formadores. Assim, novas formas de aprendizagem são oferecidas aos discentes a fim de que busquem promover diferentes habilidades e competências advindos das relações sociais dos indivíduos, são as chamadas metodologias ativas (BORGES; ALENCAR, 2014). Essas metodologias possuem caráter crítico-reflexivo e têm sido utilizadas como fortalecedoras do vínculo professor-aluno, proporcionando uma aula mais prazerosa e atraente (ROSA, 2017; MACEDO et al., 2018).
Métodos mais dinâmicos despertam o interesse do discente proporcionando a ele o desenvolvimento de diferentes competências (FORTUNA et al., 2017). FREEMAN et al. (2004) citam que além de melhorar o desempenho do aluno em avaliações, a utilização de metodologias ativas diminui o número de desistências do curso. Segundo dados do Censo da Educação Superior 2018 (INEP, 2019), mais da metade dos estudantes ingressantes em 2010 desistiram do curso e apenas 38% o concluíram.
A proposta atual para o ensino superior é proporcionar ao aluno um ensino construtivista, que auxilie na formação de profissionais capazes de lidar com as diferentes situações do dia a dia (BORGES; ALENCAR, 2014). Nesse sentido, a utilização de jogos didáticos como método de ensino coloca o docente em posição de condutor, motivador e avaliador da aprendizagem (CUNHA, 2012). A interação social proporcionada pelas metodologias ativas é capaz de promover melhoras de desempenho do discente como, por exemplo, na memorização e socialização (CUNHA, 2012; NOJOSA et al., 2009).